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Candeias do Jamari (RO) — Jackson Ferreira Alves Júnior, o “Juninho”, 18 anos, foi preso na tarde desta terça-feira por uma guarnição do 4º Pelotão da Polícia Militar de Candeias do Jamari. Com várias passagens pela política pela prática de furto e roubo, Juninho foi denunciado pela comunidade quando andava pelas ruas do bairro Palheiral com um revólver 3 em punho.
A cena assustou alguns moradores que se apressaram em ligar para a Central de Ocorrências da PM no município pelo telefone 190. Foram três telefonemas de locais diferentes da cidade dando conta de que dois homens em atitude suspeita, um deles armado, estavam na rua provavelmente se preparando para realizar um assalto.
Quando a polícia recebeu o segundo e o terceiro telefonemas, uma viatura já estava na rua no encalço dos suspeitos. Ao todo três viaturas participaram da operação comandada pelo sargento Sandro, que teve o auxílio dos soldados PMs Cruz, Sampaio, Delfino, Costa, Siles, Maciel, Enisson, Pimentel, Ruffo, e do cabo Grangero.
Ao perceberem que os PMs estavam em seus encalços, um dos suspeitos evadiu-se do local, enquanto que Juninho tentou escapar entrando num matagal existente na rua Floriano Peixoto, na divisa do bairro Palheiral com o Santa Letícia I, próximo a garagem dos ônibus da empresa Rio Madeira. Ao ser preso, Juninho contou à polícia que comprou a arma na última segunda-feira, 28, em Porto Velho, e sua intenção era matar uma pessoa que não revelou quem era.
Para o tenente Lourenço, comandante do 4º Pelotão da PM de Candeias do Jamari, a participação da comunidade foi fundamental para que o suspeito fosse tirado de circulação. “Bastou um simples telefonema para que pudéssemos localizar esse elemento e prendê-lo. Por isso afirmamos ser importante a população denunciar pelo 190 qualquer caso suspeito para que polícia possa averiguar o caso. Se a intenção dele era realmente matar alguém, está pessoa está viva porque chegamos ao suspeito antes dele cometer o crime”, disse.
Assalto e morte — Jackson Júnior, o Juninho, é um velho conhecido da polícia pelos envolvimento dele em furtos e roubos. Um dos casos mais marcantes, foi o assalto ao frentista Francisco do Nascimento, ocorrido em outubro de 2012. Na ocasião, a PM havia sido chamada para atender uma ocorrência de acidente de transito na Avenida Airton Senna, no Santa Leticia, que resultou na morte do irmão de Juninho.
Quando os policiais chegaram se depararam com o frentista, muito assustado ainda dentro do veiculo. Ele informou que trabalhava em um posto de combustível, e que havia sido roubado por dois homens armados com uma escopeta. Na fuga eles levaram uma bicicleta, dinheiro e um aparelho celular.
Francisco seguiu os criminosos até certa altura da avenida, mas os dois, ao perceberam que estavam sendo seguidos, apontaram a escopeta para atirar no frentista. Com o susto, o Francisco se abaixou e perdeu o controle do carro e acabou atropelando os dois. Juninho sofreu apenas escoriações, enquanto seu irmão morreu no acidente.
Vingança — No ato da prisão, a polícia encontrou com Juninho a arma usada no assalto e dois cartuchos intactos. Aos policiais, Juninho disse que nada tinha a ver com o crime e jogou toda a culpa pra cima do irmão, que era menor de idade, e que teria agido sozinho. Ele apenas estava dando uma carona de bicicleta ao irmão. No entanto, a Polícia encontrou os objetos roubados na casa de Juninho.
Populares ouvidos pela Agência Alô, Amazônia, e que conhecem os antecedentes criminais de Juninho, não acreditam na hipótese do assalto. O mais provável é que a versão apresentada por Juninho seja a verdadeira. No caso, ele teria adquirido a arma para matar Francisco Nascimento para vingar a morte do irmão. A casa do frentista já foi até invadida por uma gangue comandada por Juninho.
Texto e Fotos Joel Elias e Shyley Saissem