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Prefeito cobra Compensações Ambientais

Texto: Shyley Saissem 
O prefeito Dinho Sousa, de Candeias do Jamari, em audiência em Brasília com o presidente nacional Instituto Brasileiro de Meio Ambiente Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Abelardo Bayma reivindicou medidas enérgicas do órgão no sentido de combater os impactos socioambientais que vem sofrendo o município com a construção do complexo hidrelétrico do Rio Madeira, em Porto Velho.
Localizado às margens da BR 364, a proximidade de Candeias com a capital de Rondônia (cerca) de 20 km, onde estão instalados os canteiros de obras das duas usinas tem trazido uma série de problemas para a cidade, como o aumento expressivo da demanda que a prefeitura passou a ter, principalmente nas áreas da educação, saúde, segurança pública e trânsito.
O prefeito enfatizou ainda que os impactos sociais e ambientais que o município passou a sofrer desde o início das obras do Madeira, estão comprovados numa pesquisa realizada recentemente pela empresa Práxis Projeto e Consultoria. Trabalho consistiu no levantamento da situação social, econômica e urbana vivida pelo do município, a partir da construção das usinas.
Na ocasião, o prefeito de Candeias do Jamari detalhou também as conseqüências danosas que o município está sofrendo e as medidas compensatórias que a prefeitura exigirá, como formar de minimizar os efeitos negativos resultantes da construção das usinas.
No estado o prefeito reiterou as mesmas reivindicações ao superintendente regional do Ibama Cezar Luiz Guimarães que disponibilizou-se apoiar os demanda apresentadas e pediu que tudo fosse documentado e encaminhado ao órgão junto com uma cópia da pesquisa que aponta as influências negativas que a construção do complexo hidrelétrico tem provocado.   
“Tivemos que tomar essa atitude para que a população de Candeias do Jamari fique apenas com o ônus para pagar. Queremos também desfrutar dos bônus que a construção desses dois empreendimentos pode trazer para o município. Não concordamos que apenas Porto Velho receba as compensações. O nosso município também está sendo impactado e precisa ser ressarcido por isso”, frisou.  

O prefeito informou que por conta da explosão populacional que nos últimos dois anos elevou o número de habitantes do município para a casa dos 21 mil habitantes – antes era de 17 mil habitantes -, preço do aluguel disparou.
Os hotéis também não conseguem atender a demanda, devido a grande número de pessoas que continuam chegando de outros estado em busca de empregos nas usinas. Elas trabalham em Porto Velho e moram em Candeias por causa da proximidade com a capital. Outro problema é no trânsito que tem que ser repensado e existe ainda a questão ambiental.
 “Cerca de 80% da areia usada na construção das usinas são retirada do município. Além disso, o Candeias, que é um rio potencialmente pesqueiro e turístico, está sendo assoreado pelas dragas que fazem a retirada desse material”, frisou o prefeito.

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